O impacto da gratuidade nas passagens de ônibus

Todos os dias, em todos os horários, cerca de 50% dos passageiros que usam o transporte público de Três Rios, não pagam pelo serviço. Esses benefícios são legítimos, mas o seu custo sem ressarcimento tem prejudicado o serviço de transporte que não consegue recursos para investir em melhorias.  

 

Ao contrário de algumas empresas de transporte público que recebem subsídios governamentais para cobrir os custos das gratuidades, a Transa Transporte não possui nenhum tipo de apoio financeiro. Isso significa que a empresa precisa encontrar formas de lidar com os impactos econômicos resultantes dessas gratuidades. Infelizmente, várias medidas já foram tomadas: redução no apoio a projetos sociais, redução em benefícios para equipe, redução no atendimento em horários, redução na mão de obra e principalmente na falta de renovação da frota. 

 

As gratuidades, caso dos idosos, pessoas com deficiência, comorbidades e estudantes da escola pública, todas são pagas pela Transa Transporte que, por sua vez, não consegue repassar o custo para os passageiros que pagam.  

 

Outro ponto importante é o custeio das carteiras dos estudantes, que também é responsabilidade da empresa. Ao ser obrigada, por lei, a transportar gratuitamente os alunos da escola pública, a Transa Transporte ainda precisa assumir os custos de produção destas carteiras. 

 

As gratuidades e o custeio das carteiras estudantis representam um impacto significativo nas finanças da empresa que já implantou diversas medidas de gestão para reduzir os custos da empresa. Apesar disso, qualquer pessoa envolvida no setor do transporte sabe que a falta do investimento do poder público no transporte coletivo impacta diretamente na qualidade do serviço prestado principalmente em relação a acessibilidade e renovação da frota.