Superação: História da Fernanda é motivo de esperança no tratamento do Câncer de Mama

Fernanda Curcino Pimentel Rodrigues, 51 anos, auxiliar financeiro, trabalha na Transa Transporte há 27 anos. A história que vamos narrar nesta entrevista poderia estar relacionada com sua vida profissional, no entanto, neste momento oportuno, a superação de um tratamento de câncer de mama é o enredo que faz parte de sua vida, cujo início se deu poucas semanas antes da pandemia. Nesta entrevista, Fernanda conta como foi enfrentar esse processo no início do surto da Covid-19 e a perda do pai para o vírus semanas depois.  

 

1. Como foi o seu diagnóstico de câncer de mama e como você lidou com essa notícia?

Tudo aconteceu no final de fevereiro de 2020. Eu tinha feito todos os exames de rotina e os resultados foram todos normais. Em novembro de 2019, eu tinha alguns dias de férias e em um desses dias percebi que minha mama esquerda estava diferente da outra. Fiz o autoexame e constatei que havia um caroço. Me mantive calma o tempo todo. 

Quando recebi o diagnostico, também fiquei tranquila. Não iria me ajudar ficar nervosa, sabia que estava com um excelente médico. Tinha que ficar forte pelos meus filhos, meu marido, meus pais e família. 

 

2. Você fazia exames regularmente?

Realizava sim, sempre prestei muita atenção na mama direita, devido aos cistos que tenho. Eu  não me preocupava com a esquerda, justamente aonde apareceu o nódulo. Em momento algum suspeitei de câncer. 

 

 3. Como o câncer de mama afetou sua vida pessoal e profissional durante o tratamento?

Mesmo tendo descoberto a doença, optei por trabalhar, sabia que o trabalho me distrairia e os amigos me ajudariam a superar tudo, principalmente a perda do meu pai. Na vida pessoal nunca permiti que meus filhos ou meu marido me vissem triste. Muitas vezes ia para o  banheiro para chorar. 

 

4. Qual foi o papel da família e dos amigos no seu processo de cura?

A família foi minha base para superar cada novo obstáculo que surgia e os amigos sempre ao meu lado, me dando consolo e palavras de carinho. 

 

 

5. Quais foram as estratégias que você utilizou para lidar com as emoções e o estresse durante o tratamento?

Não tive muita estratégia, só não pensava muito no tratamento. Sempre cheguei para fazer as sessões brincando, conversando, tentando não pensar muito em tudo que estava acontecendo. 

 

6. Como foi retomar a vida após a cura do câncer de mama? Quais foram as mudanças que ocorreram na sua vida?

Minha vida não parou, pois não parei de trabalhar pra fazer o tratamento (opção minha não parar), a diretoria sempre me deixou muito à vontade em relação a isso. 

 

7. Que conselhos você daria para outras mulheres que estão enfrentando ou já enfrentaram o câncer de mama?

Se perceberem algo de diferente na mama, procurem seu médico, façam todos os exames, o câncer descoberto no início tem cura. 

 

8. Quais são os principais aprendizados que você teve com essa experiência?

Essa experiência me fez ver que sou uma mulher forte, guerreira e coma uma fé enorme. 

 

9. Existe alguma mensagem ou reflexão final que você gostaria de compartilhar com outras pessoas que estão passando por um processo semelhante?

Com tudo isso que passei, sempre acreditei no Deus que sirvo. Sabia que minha cruz não iria ser leve, mas Deus me sustentou o tempo todo. Muitas das vezes quando estava triste e já não aguentando mais caminhar, ele me carregou no colo para que eu não desanimasse. Hoje eu estou aqui curada, feliz, com minha família e meus amigos.  

Câncer tem cura, mas tem que ter fé e acreditar que você pode superar tudo.